7.5.09




ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZAACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA vACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA vACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA vvACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA ACeitE a sUA NATUreza aCeiTE A suA naTureZA

4.5.09

Eu, Jornalista



Acordo com nova disposição, penteado novo. Jornalista Francisco, prazer, exercendo meu ofício com toda a assunção. Já começo até a receber cartas, vejam só. Um jornalista recebe muitas cartas. Transcreve as amáveis quando falta assunto e responde às odiosas com fina ironia. De qualquer modo, o jornalista sai-se sempre tão bacana que é comum duvidar-se da autenticidade de sua correspondência. Pois dou hoje minha entrada no rol dos suspeitos afirmando que desde a minha estréia neste pasquim, recebi um trecho de carta, dois pacotes de cigarros, um telefonema e uma dúzia de lingüiças. A carta partiu da Sra. Lúcia Reis, de Ipanema, flamenguista, casada com flamenguista, naturalmente. No gostou do meu primeiro artigo, isto é, não gostou da vitória do Fluminense. A Sra. Lúcia Reis, de Ipanema, informa que ser Flamengo é morar no Encantado. É tomar umas e outras, sentar na geral, participar do suor comum, coisas que também aprovo sem o menor pudor. Depois ela fala da coluna social, de impedimento, de Armandinho, e de outros argumentos que não entendi bem. Mas deixo de responder diretamente à Sra. Reis, em cuja caligrafia reconheço a inspiração do marido, para desfazer um equívoco maior. Duma vez por todas: sou Flamengo. Todo bom tricolor, a princípio, é rubro-negro. Porém, é um rubronegro tão curtido e fermentado pela vida que, um belo dia, pode chegar à mesa e declarar: "Irmãos, consegui! Finalmente torço pelo Fluminense." E os irmãos, pondo-se em fila indiana, inclinando-se e cumprimentando-o: "Parabéns, companheiro, você merecia."

Bem-vindos os vinte maços do meu cigarro enviados por João Manuel Fernandes, de São Paulo. Menos bem-vinda a notícia que os acompanha: a minha marca preferida está acabando. Parou no Rio, parou em Minas. Seu último reduto é a valente capital bandeirante que não pode parar. Aí fico meditando sobre a ingratidão humana. Porque, quando a gente adota um cigarro, presume estar fazendo uma opção para o resto da vida. Assim fiz eu aos 15 anos, com precoce determinação. Vieram os cigarros com filtro, não me alterei. Não me arrebataram os cigarros longos king size, marca de nobreza e distinção. Resisti até ao anúncio da moça loira, aquela da boca grande, disposta a qualquer aventura com o homem que fumasse mentolados. Veio o cigarro americano, a propaganda do câncer, veio o aumento, a tosse, e cá estou eu inexpugnável, dez anos de fidelidade, cinqüenta cigarros por dia. Façam as contas, senhores fabricantes, pensem no caso e tenham piedade de mim.

Tom Jobim telefona de Londres... Diz ele que Londres é bom, é civilizado, é civilizado mas é bom. Então ele mostra o bolero que compôs para o filme. O João Gilberto faz muito bem de estar lá no México, diz ele. O Vinícius voltou ao Brasil, né? É, o Vinícius é que está certo. O Caetano Veloso também. Aí ele manda eu esperar um pouco e fica aquela linha pendurada na Europa. A telefonista não gosta disso e começa a brigar comigo. Volta o Tom e diz que o Drummond é que tem razão: "O poeta é um ressentido, o mais são nuvens." O Caymmi também sabe o que diz. Quando o cobrador pergunta pelo último samba, o baiano responde que emburreceu, só isso. Em Londres ninguém cobra nada, tem aquela cerveja inteligente e aquela grama bem cortada. Em Londres só não come bem quem não conhece o Mercado e as sutilezas da língua. Tom, por exemplo, vai à compra toda manhã e ordena: "Dry meat and string beans", ou seja, carne seca e feijão de corda, que além de bom engorda.

Por falar em comida brasileira, e para terminar, quero agradecer à alma bondosa e anônima que deixou lingüiça na porta de casa. Era só o que faltava. Enfim tenho a matéria prima para organizar a maior feijoada de Roma, assim que as fraldas de minha filha desocuparem o caldeirão.

Chico Buarque
O Pasquim - agosto/69

25.4.09

Tom e Chico


Imagina (Valsa sentimental)

Imagina, imagina
Hoje à noite a gente se perder
Imagina, imagina
Hoje à noite a lua se apagar
Quem já viu a lua cris
Quando a lua começou a murchar
Lua cris
É preciso gritar e correr, socorrer o luar
Meu amor
Abre a porta prá noite passar
E olha o sol da manhã
Olha a chuva, olha a chuva
Olha o sol
Olha o dia a lançar serpentinas
Serpentinas pelo céu, sete fitas coloridas
Sete vias
Sete vidas, avenidas, prá qualquer lugar
Imagina, imagina, imagina, imagina
Sabe que o menino que passar debaixo do arco-íris moça, vira
A menina que cruzar de volta o arco-íris rapidinho volta a ser rapaz
A menina que passou no arco
Era o menino que passou no arco
E vai virar menina
Imagina, imagina, imagina, imagina, imagina
Hoje à noite a gente se perder
Imagina, imagina
Hoje à noite, a lua se apagar

Composição: Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque

21.4.09

sparring partner


È un macaco senza storia,
dice lei di lui,
che gli manca la memoria
infondo ai guanti bui…
ma il suo sguardo è una veranda,
tempo al tempo e lo vedrai,
che si addentra nella giungla,
no, non incontrarlo mai…

Ho guardato in fondo al gioco
tutto qui?… ma - sai -
sono un vecchio sparring partner
e non ho visto mai
una calma più tigrata,
più segreta di così,
prendi il primo pullmann, via…
tutto il reso è già poesia…

Avrà più di quarant'anni
e certi applausi ormai
son dovuti per amore,
non incontrarlo mai…
stava lì nel suo sorriso
a guardar passare i tram,
vecchia pista da elefanti
stesa sopra al macadàm…

paolo conte

comunicação virtual




ao vivo e a cores

4.4.09

135 anos do Café Lamas!



Restaurante mais antigo do Rio, o Lamas completa 135 anos com tudo em cima.
Abriu as portas em 4 de abril de 1874, no Largo do Machado, e mudou de endereço em 1976 por causa do Metrô.
É o abrigo da madrugada.
Palco de divagações, de papos sérios, em alguns momentos é como se as mesas fossem divãs.
Chope mesclado, meio claro, meio escuro. Depois do primeiro, quem resiste?
Flerte, poesia, descobertas.
Amores, roteiros, projetos, rompimentos.
Muito vivo por ali.
A boemia hoje faz festa.
A mesa espera por nós.
Um brinde ao Lamas! Saúde!!!

31.3.09

vamos ao cinema, baby, vamos nos mandar daqui




O salto final. Fotografia de Pedro Almodóvar, durante as filmagens de Fale com ela, 2002 (Madrid, Collection Pedro Almodóvar).

30.3.09

elasticamente elartisticamente






novo, tudo novo de novo.
universo em expansão
muda. muda. muda
um passo, dois passos, vamos.

26.3.09

tornar o invisível visível

tudo se copia

onde está minha criatividade????
este blog está parecendo agenda de adolescente, cheia de recortes...
há tempos não escrevo originalidades...
mas o que fazer se encontro em obras e imagens alheias o que me exprime?

ESTAMPA PRÓPRIA, ONDE ESTÁ VOCÊ???????????????????????????????????????

6.3.09

It´s now or never

It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow will be too late,
it's now or never
My love won't wait.

When I first saw you
with your smile so tender
My heart was captured,
my soul surrendered
I'd spend a lifetime
waiting for the right time
Now that your near
the time is here at last.

It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow will be too late,
it's now or never
My love won't wait.

Just like a willow,
we would cry an ocean
If we lost true love
and sweet devotion
Your lips excite me,
let your arms invite me
For who knows when
we'll meet again this way

It's now or never,
come hold me tight
Kiss me my darling,
be mine tonight
Tomorrow will be too late,
it's now or never
My love won't wait.
it's now or never
My love won't wait.
it's now or never
My love won't wait.
it's now or never
My love won't wait.

2.3.09

paranananananannnnnnnnnn



créditos da foto: registro da Orquestra Voadora em ação.
origem: http://br.myspace.com/orquestravoadora